1 - Não acredite que a faculdade de Jornalismo irá ajudá-lo a se preparar para a carreira de jornalista. Porque a sua carreira de jornalista já começa a partir do momento em que você posta uma notícia ou uma foto na Web. Todos que postam online têm o potencial de se tornar um Jornalista. Você irá para a faculdade de Jornalismo apenas para aprimorar uma carreira que você já começou, e não se lançar nela.
(É por essa mentalidade que o diploma de jornalismo caiu no nosso país. Nem todo mundo que escreve alguma coisa na internet pode ser considerado um jornalista. Muitas coisas a gente só aprende na faculdade mesmo, ou então através da experiência adquirida no trabalho. Acho muito legal a abertura dos grandes meios de comunicação para a participação dos leitores, mas daí a chamá-los de jornalistas já é demais!).
2 - Audiência é poder para quem procura um emprego no jonarlismo. Segundo ele, na hora de um entrevista, se você estiver concorrendo com uma pessoa extremamente preparada e com uma boa experiência e você não tiver NADA no currículo, ainda tem chances de conseguir a vaga. Como? Com um blog!! Se o seu blog for muito bom e com milhares de visitas, com certeza eles te escolherão.
(Ok, nem preciso comentar esse equívoco!)
3. Sua network é tão importante quanto sua carreira. (Com isso eu concordo!).
4. Procure sua paixão e se aprofunde nela. (Com isso eu tb concordo!! Quem sabe pouco de muita coisa, acaba não sabendo de nada! É importante se especializar em uma área de grande interesse pessoal.)
5. Se porte como um jornalista, sempre. Qualquer coisinha boba que você poste no Twitter ou Facebook podem ter um reflexo negativo na carreira que você tanto luta para construir.
(Isso é verdade. Tenho muitos exemplos de como o Twitter atrapalhou em algumas situações dentro do ambiente de trabalho)
Anyway, é isso!! Quem quiser ler as dicas do Robert na íntegra, pode entrar no blog dele, http://www.ojr.org/ojr/people/robert/201008/1878/
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Japan Airlines entra em pedido de falência
A companhia aérea japonesa Japan Airlines, uma das maiores empresas do país, entrou em pedido de falência nessa segunda-feira. O pedido será analisado pelo governo e pelo tribunal de Tokyo. Caso seja aceito, a companhia irá cortar um terço dos funcionários, 16 mil empregos.
A dívida da Japan Airlines ultrapassa a quantia de U$10 bilhões. Para renovar a empresa, a Japan Airlines assinou uma parceria com a American Airlines e irá apostar em voos transpacíficos.
A companhia já pretende voltar a obter lucros no fim do ano fiscal de 2010, em março de 2011 e irá fazer um novo balanço público em 2012.
A dívida da Japan Airlines ultrapassa a quantia de U$10 bilhões. Para renovar a empresa, a Japan Airlines assinou uma parceria com a American Airlines e irá apostar em voos transpacíficos.
A companhia já pretende voltar a obter lucros no fim do ano fiscal de 2010, em março de 2011 e irá fazer um novo balanço público em 2012.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Fofuras do dia
Semana passada eu vi esse vídeo e ri demais!!! Muito, muito bom!! Primeiro porque eu sempre achei o buldogue inglês um cachorro muito engraçado e caricato, com cara de carrancudo. Segundo que esse, especialmente, tem cara de rabugento e tá amarradão vendo tv. Só faltava uma cervejinha na mão pra se tornar o próprio Homer Simpson.
http://www.youtube.com/watch?v=m8rxXamfh5c
Outra coisa que me fez olhar pra tela do computador e fazer "aaaaaaahw" foram essas fotos de um editorial de joias da Vogue Rússia de Setembro. Os acessórios usados pela porquinha rosa são assinados por marcas como Chanel, Chopard, Cartier e Boucheron.
Depois dessa, quem vai ficar ter coragem de comer uma linguiça de novo?
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Escravas da Moda
Achei essa reportagem da Marie Claire muito boa. Primeiro me supreendi com a denúncia feita pela revista. Não esperava uma matéria deste tipo em uma publicação como essa. Sempre li matérias sobre exploração do trabalho escravo em países asiáticos, quase sempre ligada às grandes empresas como Nike e Adidas. Inclusive tenho uma amiga que voltou recentemente da Europa e ficou maravilhada com os preços das roupas (vestidos por 4 euros, bolsas por 1 euro). Quando chamaram atenção para esse fato, ela se surpreendeu por não ter feito a ligação antes e se sentiu mal por ter consumido estes produtos.
Mas, voltando para a matéria. Sempre soube dessa prática lá fora e já ouvi denúncias de trabalho escravo em alguns lugares do interior do Brasil, mas nunca ia imaginar que isso aconteceria em São Paulo. Tráfico de pessoas, gente trabalhando 20 horas por dia por um prato de comida. E tudo isso para alimentar as aspirações capitalistas das grandes empresas do ramo da moda, como a loja Marisa. É uma forma de conscientização do consumidor, para que ele saiba o que está por trás daquele precinho barato.
Bom, é isso! Fica a dica.
http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI163814-17737,00-ESCRAVAS+DA+MODA+COSTUREIRAS+BOLIVIANAS+SAO+A+PARTE+MAIS+FRAGIL+DE+UMA+REDE.html
Mas, voltando para a matéria. Sempre soube dessa prática lá fora e já ouvi denúncias de trabalho escravo em alguns lugares do interior do Brasil, mas nunca ia imaginar que isso aconteceria em São Paulo. Tráfico de pessoas, gente trabalhando 20 horas por dia por um prato de comida. E tudo isso para alimentar as aspirações capitalistas das grandes empresas do ramo da moda, como a loja Marisa. É uma forma de conscientização do consumidor, para que ele saiba o que está por trás daquele precinho barato.
Bom, é isso! Fica a dica.
http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI163814-17737,00-ESCRAVAS+DA+MODA+COSTUREIRAS+BOLIVIANAS+SAO+A+PARTE+MAIS+FRAGIL+DE+UMA+REDE.html
domingo, 22 de agosto de 2010
Muito barulho para pouco
Não sou exatamente apaixonada por futebol. Torço para o Brasil, mas só quando a seleção merece. Confesso que nessa Copa de 2010 queria mais é que o Brasil voltasse para casa cedo, pois nossos jogadores não mereciam nem um pouco a vitória. Uma coisa que me faz ter antipatia pelo futebol são os jogadores e seus salários astronômicos. Não consigo entender como que uma pessoa que não estudou nem até o final do segundo grau (na maioria das vezes) ganha R$100 mil, R$200 mil, R$300 mil. Investi meu tempo e dinheiro na faculdade de Jornalismo e tenho certeza que minha profissão nunca vai me proporcionar salários como esses, nem mesmo juntando a renda de um ano inteiro.
Mas, de qualquer forma, esse post é para deixar minha revolta e decepção - minha família toda é tricolor - com a estreia do tão esperado Deco no Fluminense, neste último sábado, em um clássico carioca no Maracanã – Fluminense X Vasco . A negociação milionária e o salário de cerca de R$400 mil despertaram o interesse do jogador brasileiro naturalizado português, que jogou anos na Europa depois de voltar para o time que, por enquanto, está liderando o Campeonato Brasileiro.
A tão esperada estreia do camisa 20 foi totalmente apagada. Ele jogou de salto alto o tempo inteiro, não mostrou muita intimidade com a bola, além de perder um gol que até eu faria. Enquanto isso, a torcida gritava seu nome sem parar. Como minha avó diz: “Jogador brasileiro, quando volta da Europa para jogar aqui, é porque não dá mais no coro”. Afinal, foi tanto barulho para tão pouco!
Mas, de qualquer forma, esse post é para deixar minha revolta e decepção - minha família toda é tricolor - com a estreia do tão esperado Deco no Fluminense, neste último sábado, em um clássico carioca no Maracanã – Fluminense X Vasco . A negociação milionária e o salário de cerca de R$400 mil despertaram o interesse do jogador brasileiro naturalizado português, que jogou anos na Europa depois de voltar para o time que, por enquanto, está liderando o Campeonato Brasileiro.
A tão esperada estreia do camisa 20 foi totalmente apagada. Ele jogou de salto alto o tempo inteiro, não mostrou muita intimidade com a bola, além de perder um gol que até eu faria. Enquanto isso, a torcida gritava seu nome sem parar. Como minha avó diz: “Jogador brasileiro, quando volta da Europa para jogar aqui, é porque não dá mais no coro”. Afinal, foi tanto barulho para tão pouco!
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Pedro,meu filho
Outro dia uma amiga me mandou esse texto e eu adorei. Espero que gostem também! É um pouco grande mas vale a pena ir até o final!! É do Vinícius de Moraes.
Pedro, meu filho
Como eu nunca lutei para deixar-te nada além do amanhã indispensável: um quintal de terra verde onde corra, quem sabe, um córrego pensativo; e nessa terra, um teto simples onde possas ocultar a terrível herança que te deixou teu pai apaixonado - a insensatez de um coração constantemente apaixonado.
E porque te fiz com o meu sêmen homem entre os homens, e te quisera para sempre escravo do dever de zelar por esse alqueire, não porque seja meu, mas porque foi plantado com os frutos da minha mais dolorosa poesia.
Da mesma forma que eu, muitas noite, me debrucei sobre o teu berço e verti sobre teu pequenino corpo adormecido as minhas mais indefesas lágrimas de amor, e pedi a todas as divindades que cravassem na minha carne as farpas feitas para a tua.
E porque vivemos tanto tempo juntos e tanto tempo separados, e o que o convívio criou nunca a ausência pôde destruir.
Assim como eu creio em ti porque nasceste do amor e cresceste no âmago de mim como uma árvore dentro de outra, e te alimentaste de minhas vísceras, e ao te fazeres homem rompeste meu alburno e estiraste os braços para um futuro em que acreditei acima de tudo.
E sendo que reconheço nos teus pés os pés do menino que eu fui um dia, em frente ao mar; e na aspereza de tuas plantas as grandes pedras que grimpei e os altos troncos que subi; em tuas palmas as queimaduras do Infinito que procurei como um louco tocar.
Porque tua barba vem da minha barba, e o teu sexo do meu sexo, e há em ti a semente da morte criada por minha vida.
E minha vida, mais que ser um templo, é uma caverna interminável, em cujo recesso esconde-se um tesouro que me foi legado por meu pai, mas cujo esconderijo eu nunca encontrei, e cuja descoberta ora te peço.
Como as amplas estradas da mocidade se transformaram nestas estreitas veredas da madureza, e o Sol que se põe atrás de mim alonga a minha sombra como uma seta em direção ao tenebroso Norte.
E a Morte me espera em algum lugar oculta, e eu não quero ter medo de ir ao seu inesperado encontro.
Por isso que eu chorei tantas lágrimas para que não precisasse chorar, sem saber que criava um mar de pranto em cujos vórtices te haverias também de perder.
E amordacei minha boca para que não gritasses e ceguei meus olhos para que não visses; e quanto mais amordaçado, mais gritavas; e quanto mais cego, mais vias.
Porque a poesia foi para mim uma mulher cruel em cujos braços me abandonei sem remissão, sem sequer pedir perdão a todas as mulheres que por ela abandonei.
E assim como sei que toda a minha vida foi uma luta para que ninguém tivesse mais que lutar:
Assim é o canto que te quero cantar, Pedro meu filho...
Pedro, meu filho
Como eu nunca lutei para deixar-te nada além do amanhã indispensável: um quintal de terra verde onde corra, quem sabe, um córrego pensativo; e nessa terra, um teto simples onde possas ocultar a terrível herança que te deixou teu pai apaixonado - a insensatez de um coração constantemente apaixonado.
E porque te fiz com o meu sêmen homem entre os homens, e te quisera para sempre escravo do dever de zelar por esse alqueire, não porque seja meu, mas porque foi plantado com os frutos da minha mais dolorosa poesia.
Da mesma forma que eu, muitas noite, me debrucei sobre o teu berço e verti sobre teu pequenino corpo adormecido as minhas mais indefesas lágrimas de amor, e pedi a todas as divindades que cravassem na minha carne as farpas feitas para a tua.
E porque vivemos tanto tempo juntos e tanto tempo separados, e o que o convívio criou nunca a ausência pôde destruir.
Assim como eu creio em ti porque nasceste do amor e cresceste no âmago de mim como uma árvore dentro de outra, e te alimentaste de minhas vísceras, e ao te fazeres homem rompeste meu alburno e estiraste os braços para um futuro em que acreditei acima de tudo.
E sendo que reconheço nos teus pés os pés do menino que eu fui um dia, em frente ao mar; e na aspereza de tuas plantas as grandes pedras que grimpei e os altos troncos que subi; em tuas palmas as queimaduras do Infinito que procurei como um louco tocar.
Porque tua barba vem da minha barba, e o teu sexo do meu sexo, e há em ti a semente da morte criada por minha vida.
E minha vida, mais que ser um templo, é uma caverna interminável, em cujo recesso esconde-se um tesouro que me foi legado por meu pai, mas cujo esconderijo eu nunca encontrei, e cuja descoberta ora te peço.
Como as amplas estradas da mocidade se transformaram nestas estreitas veredas da madureza, e o Sol que se põe atrás de mim alonga a minha sombra como uma seta em direção ao tenebroso Norte.
E a Morte me espera em algum lugar oculta, e eu não quero ter medo de ir ao seu inesperado encontro.
Por isso que eu chorei tantas lágrimas para que não precisasse chorar, sem saber que criava um mar de pranto em cujos vórtices te haverias também de perder.
E amordacei minha boca para que não gritasses e ceguei meus olhos para que não visses; e quanto mais amordaçado, mais gritavas; e quanto mais cego, mais vias.
Porque a poesia foi para mim uma mulher cruel em cujos braços me abandonei sem remissão, sem sequer pedir perdão a todas as mulheres que por ela abandonei.
E assim como sei que toda a minha vida foi uma luta para que ninguém tivesse mais que lutar:
Assim é o canto que te quero cantar, Pedro meu filho...
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